segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Eu só peço a Deus

Acho que nada pior que a injustiça contra o ser humano a indiferença diante dos problemas do outro.
Sei que não podemos resolver todos os problemas da Terra, seria até uma onipotência descabida. Mas às vezes podemos fazer um mínimo, um pouco que é muito.
Nos fechamos diante da dor alheia por que nos é mais fácil do que perceber o quanto nosso irmão sofre. Por impotência diante da situação? Não muitas vezes por culpa.
Possuímos mesmo que disfarçada muita culpa por termos, por sermos, por adquirirmos.
Ás vezes não entendemos que se nos é dada a possibilidade de estarmos em uma situação privilegiada no momento, isso não nos faz maiores nem superiores ao outro, na maioria das vezes, somos testados constantemente diante de nossas facilidades.
Quem diz que ser rico é mais fácil do que ser pobre, quem diz que ter conhecimento é mais simples do que ser ignorante ??
O preço que se paga por saber e errar é muito mais alto do que aquele que erra na ignorância, ter tantas posses e não saber dividir, não saber direcionar se torna um fardo muito mais pesado do que não ter nada.
Anexei um vídeo que tem um música forte, no final um texto que está atribuído a Ghandi, pesquisei e não consegui confirmar se é dele mesmo, mas mesmo assim vale a pena.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Dia das crianças

Hoje é Dia das Crianças, fora ser mais uma data de consumo, fica o lado bom de ser um dia de comemorarmos o fato de termos crianças em nossas vidas.
Quem tem filhos, sobrinhos, netos, amigos, qualquer criança que faça parte de seu convívio deve se preocupar sempre com o que passa a elas,a través da atitude, palavra ou intenção.
Se estão sob nossa responsabilidade, mais ainda, se somos nós os responsáveis pela educação, formação espiritual, etc.
Recebi um vídeo de uma amiga que eu acho que vale a pena dar uma olhada ...

http://www.youtube.com/watch?v=Qwgc-nkH2D4&feature=related

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Perdão


Li num livro uma explicação sobre perdoar. O autor falava que perdoar não significava afeiçoar-se.

Quantas vezes temos uma situação e achamos que se perdoarmos teremos que voltar a conviver, interagir, gostar. Mas pela ótica deste autor não é bem assim. Podemos perdoar e não voltar a ter qualquer relação com a pessoa. O que não significa que desejaríamos o mal a ela, podemos simplesmente entender uma situação sem querer nenhum contato a mais com essa pessoa.
Quando entendemos, conseguimos aceitar como sendo relativas a sua caminhada, as coisas que possam por ventura estar acontecendo a ela, como simples retornos de suas escolhas, não estamos alimentando nenhum sentimento de vingança.

Quando entendemos a situação, e ela já não tem mais importância para nós é por que se configura de fato o perdão.

Não adianta dizer que perdoou se está constantemente investigando a vida do outro, querendo saber detalhes de sua vida, esperando que mais cedo ou mais tarde algo de ruim lhe aconteça para que compense o que nos fez.

Quando o perdão se faz, simplesmente aquela pessoa ou as coisas que dizem a respeito a ela não nos interessam mais, e não por que estamos fechando os olhos para não ver, mas por que realmente somos totalmente indiferentes a ela.

Para perdoar não é preciso gostar, é preciso sim ter muito desprendimento para aceitar que o erro do outro embora, tenha nos prejudicado ou magoado faz parte da caminhada dele e por que não dizer da nossa também, pois nada ocorre por acaso na nossa vida, nem são fatos isolados que estão alheios a nossa existência.
Livro: Gêmeas
Autor: Mônica de Castro pelo espírito de Leonel

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Corazón libre




Quem me conhece sabe o quanto sou fã de Mercedes Sosa, e ontem com tristeza soube de seu desencarne.

Porém não é a morte que me motiva a escrever este post, mas sim a beleza e luminosidade das músicas cantadas por ela, as letras que ganhavam vida diante de sua imponente voz.

Dentre tantas uma se destaca, por ter visto Mercedes cantar num espetáculo em Porto Alegre no ano de 2007. Não conhecia a música e me emocionei, e me emociono sempre que a escuto novamente. Iluminado o autor, Rafael Amor, luminosa voz de Mercedes.

A letra que diz:

Adelante corazón, sim miedo a la derrota
durar, no es estar vivo corazón, vivir es otra cosa.
No te entregues corazón libre, no te entregues.

Lição de vida !!
Não basta ter idade, não basta durar, isto não é viver, nem deixar sua marca no mundo. Viver é outra coisa, é lutar, é existir, é acreditar, é vencer, é errar, é reiniciar, é ter fé, não esmorecer. É não se entregar coração, e através desta resistência se fazer livre.


sábado, 3 de outubro de 2009

Ciência e religião...






"Não há oposição entre Ciência e Religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880." ( Albert Einstein )

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."
( Allan Kardec )


"Chegamos assim a uma concepção de relação entre ciência e religião muito diferente da usual... Sustento que o sentimento religioso cósmico é a mais forte motivação da pesquisa científica." ( Albert Einstein )

"As descobertas da ciência glorificam a Deus, em lugar de rebaixá-lo; não destroem senão o que os homens edificaram sobre as idéias falsas que se fizeram de Deus. " ( P.G. Leymarie )

Como podemos ver, através do pensamento de grandes nomes de nossa história, nunca foi (e nunca será), idéia da Ciência "combater" Deus ou Sua existência, mas sim, comprovar de outras maneiras Sua sabedoria ilimitada e benévola.
Outro ponto importante, que está na declaração de Kardec, é o fato de que se a Religião tenta se afastar da Ciência, ela ficará para tras (obsoleta), enquanto a Ciência progride em sua nobre tarefa de reafirmar Deus.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Secar as lágrimas

"O espírita chora escondido.
Depois, lava o rosto e vai atender a multidão sorrindo"
Chico Xavier

Que sábia constatação de nosso Mestre Chico Xavier.
Para quem desenvolve qualquer trabalho em uma casa espiritualista, sabe que é bem essa a verdade. Quantas vezes estamos com nossa carga, que por muitas vezes é pesada, difícil de carregar e quando chegamos em mais um dia de trabalho, nos revestimos de uma força descomunal que faz com que deixemos de lado todas as nossas coisas pessoais e façamos o nosso trabalho como se fossemos a mais abençoada das pessoas.
Isso por muitas vezes faz com que os outros que nos observam, julguem-nos pessoas de vida tranquila, sem problemas, talvez até julguem que devido ao nosso trabalho temos nossas facilidades. Que engano !!! Na maioria da vezes nosso fardo é muito mais pesado, pois estamos compensando tantos desvios cometidos em vidas passadas.
Porém o que temos é Disciplina, já tão pregada por Emanuel. Nossa disciplina permite que ao atravessar a porta de nosso templo, realmente como diz Chico, lavamos nosso rosto e atendemos sorrindo a todos os necessitados que vem pedir auxílio.
Duro? complicado? acho que não, eu diria que gratificante, pois quando termina o trabalho e vamos retomar a nossa vida, e pegar aqueles problemas para voltar com eles para casa, na maioria das vezes eles estão tão mais leves, tão mais fáceis de carregar, talvez pela desimportância que demos a eles neste período, talvez por que a dor do outro nos fez ver que temos algumas coisas para resolver e com certeza bem mais fáceis e sem tanta gravidade como pensávamos.
O que é certo é que com essa troca durante o atendimento, as pessoas que mais se beneficiam somos nós, pelo aprendizado, pelo desprendimento, pela evolução e até pelo retorno, pois quem caminha no caminho do amor e da caridade com certeza encontra o mesmo para si.

Bezerra de Menezes

DR. BEZERRA DE MENEZES




Adolfo Bezerra de Menezes nasceu na antiga Freguesia do Riacho do Sangue (hoje Jaguaretama), no Estado do Ceará, no dia 29 de agosto de 1831, desencarnando no Rio da Janeiro, no dia 11 de abril de 1900.
No ano de 1838 entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde, em dez meses apenas, preparou-se, suficientemente, até onde dava os conhecimentos do professor que dirigia a primeira fase de sua educação. Muito cedo revelou a sua fulgurante inteligência, pois aos 11 anos de idade iniciava o curso de Humanidades e, aos 13 anos, conhecia tão bem o latim que ele próprio o ministrava aos seus companheiros, substituindo o professor da classe em seus impedimentos.
Seu pai era um homem relativamente abastado, porém, por efeito de seu bom coração, comprometeu sua fortuna, dando abonos em favor de parentes e amigos, que o procuravam, a fim de explorarem os seus sentimentos de caridade. Percebendo, então, que seus débitos igualavam seus haveres procurou os credores e lhes propôs entregar sua fazendas de criação e tudo o mais que fosse suficiente para integralizar a divida.
Os seus credores recusaram a proposta, dizendo-lhe que pagasse quando e como pudesse. O honrado cidadão insistiu, mas não conseguindo demover seus credores decidiu-se a tornar mero administrador do que fora a sua fortuna, retirando apenas o que fosse necessário para a manutenção de sua família, que passou da abundancia as privações.
Foi nessa fase que Adolfo Bezerra de Menezes, formulando os mais veementes votos de orientar-se pelo caráter integro de seu pai, e com minguada quantia que seus parentes lhe deram, partiu para o Rio de Janeiro, a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava - a Medicina.
Ingressou em novembro de 1852 como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou-se em 1856, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1858, concorreu a uma vaga de lente substituto da Seção de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Nesse mesmo ano, o mestre Manuel Feliciano Pereira de Carvalho, então Cirurgião-Mor do Exercito, fê-lo nomear seu assistente, com o posto de Cirurgião-Tenente.
Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador Haddock Lobo, sob a alegação de ser medico militar. Com o objetivo de servir o seu partido, que necessitava dele para ter maioria na Câmara, resolveu afastar-se do Exército. Em 1867, foi eleito Deputado Geral, tendo ainda figurado numa lista tríplice para uma carreira no Senado.
Quando político, levantaram-se contra ele, a exemplo do que sucede com todos os políticos honestos, rudes campanhas de injuria, cobrindo seu nome de impropérios entretanto, a prova da pureza de sua alma, deu-a, quando deliberou abandonar a vida publica e dedicar-se aos pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía. Corria sempre ao casebre do pobre onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da sua profissão de medico e o auxilio da sua bolsa minguada e generosa.
Afastado interinamente da atividade política, dedicou-se a empreendimentos empresariais criou a Companhia Estrada de Ferro Macae-Campos, na então província do Rio de Janeiro. Posteriormente, empenhou-se na construção da via férrea de Santo Antonio de Pádua, pretendendo leva-la ate o Rio Doce, desejo que não conseguiu realizar. Foi um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872 abriu o Boulevard 28 de Setembro , no então bairro de Vila Isabel. Em 1875, foi presidente da Companhia Carril de São Cristóvão. Voltando a política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato ate 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.
Quando o Dr. Carlos Travassos empreendeu a tradução de O Livro dos Espíritos , de Allan Kardec, ofereceu um exemplar, com dedicatória, a Bezerra de Menezes. No dia 16 de agosto de 1886, um auditório com cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade, que enchia o salão de honra da Velha Guarda, ouviu, em silencio, emocionado, atônito, a palavra de ouro do eminente político, do eminente medico, do eminente cidadão, do eminente católico, Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, que proclamava aos quatro ventos a sua adesão ao Espiritismo. Ela era um autentico religioso, no mais alto sentido. Sua pena foi, por isso, desde o primeiro artigo assinado, em janeiro de 1887, posta ao serviço do aspecto religioso do Espiritismo.
Demonstrada a sua capacidade literária no terreno filosófico, que pelas replicas, quer pelos estudos doutrinários, a Comissão de Propaganda da União Espírita do Brasil incumbiu Bezerra de Menezes de escrever, aos domingos, no O Paiz , tradicional órgão da imprensa brasileira, dirigido por Quintino Bocaiúva, uma serie de artigos sob o titulo O Espiritismo - Estudos Filosóficos . Os artigos de Max , pseudônimo de Bezerra de Menezes, marcaram a época de ouro da propaganda espírita no Brasil. Esses artigos foram publicados, ininterruptamente, de 1886 a 1893.
Bezerra de Menezes tinha o encargo de medico como verdadeiro sacerdócio por isso, dizia: Um medico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de escolher hora, nem de perguntar se e´ longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate a porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro o que, sobretudo, pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem chora a porta que procure outro, esse não e´ medico, e´ negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura. Esse e´ um infeliz, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perdera nos vais-e-vens da vida.
No ano de 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo no Brasil, e os que dirigiam os núcleos espíritas do Rio de Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais estreita e indestrutível.
Os Centros Espíritas, onde se ministrava a Doutrina, trabalhavam de forma autônoma. Cada um deles exercia sua atividade em um determinado setor, despreocupado em conhecer as atividades dos demais. Esse estado de coisas levou-os a fundação da Federação Espírita Brasileira (FEB).
Nessa época, já existiam muitas sociedades espíritas, porem as únicas que mantinham a hegemonia eram quatro: a Acadêmica, a Fraternidade, a União espírita do Brasil e a Federação espírita Brasileira. Entretanto, logo surgiram entre elas rivalidades e discórdias. Sob os auspícios de Bezerra de Menezes, e acatando importantes instruções, dadas por Allan Kardec, através do médium Frederico Junior, foi fundado o famoso Centro espírita porem nem por isso deixava Bezerra de dar a sua cooperação a todas as outras instituições.
O entusiasmo dos espíritas logo se arrefeceu, e Bezerra de Menezes se viu desamparado dos seus companheiros, chegando a ser o único freqüentador do Centro. A cisão era profunda entre os espíritas que se dividiam em místicos e científicos .
Em 1893, a convulsão provocada no pais, pela revolta da armada, provocou o fechamento de todas as sociedades espíritas. No Natal do mesmo ano, Bezerra encerrava a serie de artigos que vinha publicando em O Paiz .
Em 1894, o ambiente demonstrou tendências de melhora e o nome de Bezerra foi lembrado como o único capaz de unificar a família espírita. O infatigável batalhador, com 63 anos de idade, assumiu a presidência da FEB, cargo que ocupou até 11 de abril de 1900, quando desencarnou, vítima de violento ataque de congestão cerebral.
Devido ao seu Espírito caridoso e prestativo, Bezerra de Menezes mereceu o cognome de O Médico dos Pobres .
Fonte: FEESP - Federação Espírita do Estado de S. Paulo.