Cá estou eu novamente a pensar sobre a influência espiritual.
Como estamos a mercê destes irmãos que nada tem para fazer.
Escrevi no mês passado um enorme texto sobre obsessão e como somos vulneráveis a toda esta influenciação.
Misteriosamente o texto desapareceu, depois de estar bonitinho, formatado com figurinha e tudo o mais.
Inacreditável e dali para a frente não consegui escrever mais nada sobre obsessão ou outro assunto qualquer.
Hoje me comprometi, vou escrever
Não me interessa quem não quer, quem não gosta.
A obsessão é tão sutil que não nos damos conta do quanto somos parceiros dela, quando pensamos, quando nos depreciamos, quando nos desfavorecemos com nossa baixa estima.
E aquela vozinha vem e nos massacra reforçando nossos pensamentos, nossos medos, nossas angústias, nossas dúvidas.
Todo mundo já passou por situações que fazem com que tudo pareça mais dificil do que é. Mas quando isso perde a proporção aceitável e passa a ser um fantasma, é por que realmente é um fantasma, ou está sendo aumentado por ele.
Às vezes me pego pensando coisas absurdas, que depois de passado os dias nem eu mesmo consigo crer que algum dia existiram em minha mente. E pior que em nenhum momento eu questionei, mesmo eu que me considero tão lúcida e prática não percebi a teia em que me encontrava.
Eu mesmo fui tecendo esta teia e me enredando em suas cordas, perdendo os movimentos, a lucidez, a praticidade, a lógica. E a minha fantasia passa a ser minha realidade. E minha realidade passa a ser minha dor, meu medo, minha culpa.
E esta aranha prepara seu bote, quando me sinto fraca, quando me sinto com medo, quando não estou em vigília.
Pobre inseto pequeno que sou, que perde a disciplina, a vigilância, e esquece de orar. Me sinto assim, um pequeno inseto preso nas teias da obsessão esperando, me sentindo impotente diante da enorme aranha obsessora que me domina, como se conhecesse toda engrenagem de minha mente e sabendo onde, como e quando agir.
Esquecendo as palavreas do Cristo, me sinto cansada e vencida, me sinto impotente e culpada. Orai e Vigiai.
Depois da batalha, me recomponho e volto a escrever, embora neste meio tempo tenha tocado a campainha, aparecido alguém para bater papo, etc etc etc, sigo no propósito de escrever.
Enfim, estou mais vigilante, com a mente mais limpa e portanto mais capacitada a separar os meus pensamentos da aranha maldita que me prende na sua teia.
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