sábado, 27 de março de 2010

Chico Xavier o filme

Pessoal segue o link do site do filme que será lançado dia 02/04/2010.
Chico Xavier - o Filme

http://www.chicoxavierofilme.com.br/site/

Caos interior


Lembrei um dia destes de um e-mail que recebi há algum tempo que falava sobre a desordem em casa.
Que cada coisa atirada pelo chão em nossa sala demonstrava que ali havia vida, que uma louça largada na pia dizia que tinha alguém comido ali, que um patinete no pátio, dizia que haviam crianças no lugar.
Eu fiquei pensando sobre o quanto nos cobramos com essa tal arrumação em casa e o quanto nos cobramos com esta tal arrumação em nosso interior.
Somos sim, seres imperfeitos, cheios de coisas para serem organizadas e não podemos nos punir e nem nos menosprezar por isso, temos somente coisas para por em ordem, e isso determina a busca ou não de nossa essência.
Quando nos acomodamos com nossa bagunça sem querer arrumar nada, sem por nada no lugar estamos na verdade nos privando de crescer, de buscar a mudança que trás a melhoria, é preciso sim algumas vezes mexer nisso ou naquilo, colocando em suas gavetas certas, porém é preciso também nos respeitar aceitando que muitas vezes estamos no nosso caos buscando a nossa ordem, que vai trazer a tal mudança.
Nos respeitar, e respeitar o outro entendendo que cada um tem um tempo de descoberta de caminhada, que vai no ritmo de suas disposições e acima de tudo do seu entendimento para vivenciar cada situação nova.
Quando vamos construir uma casa no lugar de outra é preciso derruba-la para começar do zero, é assim conosco também, temos que nos desmanchar para fazer brotar uma nova pessoa.
Trazer do caos a ordem, buscando de nossas dúvidas, medos e temores a nossa nova essência que caminha sempre e sempre em busca da evolução.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Qualquer dia a gente vai se encontrar






Escrevo estas linhas para meu pai, meu grande amigo
Hoje, se estivesse encarnado faria 72 anos.
Mas desencarnou cedo, acho que dentro da programação que estava combinada entre nós. Não sei...
Aprendi com ele, sobre a vida com a vida e sobre a morte com a morte.
Ele me falava muitas coisas que na época eu não entedia, era criança.
Uma das coisas que mais me marcou foi sobre o "nunca".
Eu falava muito essa palavra, e colocava sempre na condição de acabar, de ser o fim, e ele sem nem imaginar o motivo me dizia:

- Nunca não existe....

É claro que quando ele desencarnou a primeira coisa que pensei foi que nunca mais o veria, e naquele momento eu lembrei das palavras dele: Nunca não existe.
Eu o veria muitas vezes, em espírito, talvez em outra encarnação. Mas com certeza eu o veria. E com essa certeza aprendi que o nunca não existe.
Tive minha primeira aula sobre a imortalidade da alma.
E por outro lado aprendi que sempre, mas sempre mesmo devemos continuar tentando, para que o nunca não exista. Para que sempre se tenha alternativas, se não o mesmo caminho, outros tantos que possam existir.
Aprendi a não desistir.
A não dizer nunca vou conseguir, nunca vou ter, nunca vou ser.
Sempre vai ter outra situação, outro caminho, outra pessoa, outra descoberta.
Agradeço meu pai pela expêriencia de ter vivido contigo, pouco mas proveitosos anos, e como tu mesmo me ensinou e já que o nunca não existe... um dia a gente se vê.

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto

A te encontrar

Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

(Fernando Brant e Milton Nascimento)


ESPECIAL STUM: Os Eternos Aprendizes

ESPECIAL STUM: Os Eternos Aprendizes
Sabemos todos ser muito complicado o momento que estamos atravessando.
Especialmente para os que vivem -e são a maioria-, nas grandes cidades do planeta. O trabalho, mais e mais competitivo, geralmente pouco criativo e estressante, o trânsito caótico e perigoso, a poluição do ar, as profundas mudanças climáticas que provocam constantes transtornos e alagamentos, a sombra do medo, da violência, cada vez mais presente e por vezes inexplicável, o ânimo para dedicar ainda parte do dia para a família... e temos tantos apelos consumistas, chamadas insinuantes de marqueteiros astutos que muitas vezes viram prioridade...

Creio que a maioria, sem exceção, tenha consideráveis dificuldades em conseguir achar, diariamente, uma energia e um tempinho para dialogar com sua Alma, para voltar ao seu centro, para reconectar-se com a Fonte, com a origem de tudo, com a beleza, a harmonia, a paz e tudo aquilo que nos une, conforta e alivia nossas dores e tristezas. No entanto, esta parada para olhar para dentro é cada vez mais indispensável e sagrada. Depende somente de nossa vontade priorizar aquilo que de fato é importante e deixar em segundo plano o que é ilusão, hipnose coletiva que as trevas -cuja presença é constante e perturbadora-, nos impingem sem trégua, sem sossego. Milhões de pessoas se dispõem a pagar por eliminar concorrentes nas intermináveis edições dos BBBs, que ocupam hoje enorme espaço em todos os meios de comunicação, principalmente nas TVs, que apresentam, em sua maioria, programações cada vez mais chulas, violentas e superficiais, quando não exibem massificante conteúdo religioso... e isso vale também para o futebol, mais violento, dentro e fora do campo, mercantilizado e medíocre, suculento prato do dia das segundas-feiras nos escritórios e ambientes de trabalho de todo o país.

Quanta energia desperdiçada, simplesmente jogada fora.
É como se, em nossa busca, em nossa caminhada, fôssemos permanentemente distraídos, desviados de nosso foco, de nosso rumo, por subterfúgios e artifícios que, espalhados por todo lado, acabam prevalecendo, mesmo sem representar absolutamente nada de válido, algo que acrescente, que gere situações de conforto, alegria, ou de felicidade real.
Eu mesmo, que vivo o autoconhecimento em profundidade, encontro-me por vezes, quando a energia baixa por alguma razão, enredado nesta trama muito bem urdida que nos sabota onde quer que estejamos.

Chegou o tempo da transformação profunda, permanente.

Orai e vigiai... lembram deste precioso conselho? Dica preciosa para um bom começo... Será que somos conscientes de nossa divindade, de nosso poder, de nossa real capacidade? Que tipo de trabalho exercemos? Vale realmente a pena, é algo que acrescenta, ou é obsoleto, fora de sintonia e de ética, cansativo, repetitivo, longe de casa, num ambiente pesado onde é praticamente impossível falar de amor incondicional ou de meditação?
Será que o medo de não conseguir sobreviver (ainda!!!) se apoderou de nossa mente e aprisionou nossos sonhos?

É necessário saber o que viemos fazer aqui.
A grande maioria dos leitores que nos acompanha nos boletins sabe (a repetição é parte do processo) que não estamos aqui a passeio e sim para crescer, expandir a consciência, limpar nosso fardo e ainda por cima cumprir uma missão específica... Está ciente de que já recebemos -ao nascer-, todas as características de personalidade e ferramentas necessárias para o que for preciso, inclusive a coragem, a perseverança, a determinação...
Será que até os deuses (que somos) podem se portar ainda tal qual sonâmbulo ou desmemoriado? Não pode ser mais desta forma! Se todavia estivermos assim é preciso sairmos logo dessa alienação, indiferença e ilusão!

É bom evoluir também em nossos relacionamentos.
Temos necessidade de alguém sempre por perto, que nos ame... que nos faça feliz?
Com certeza, muitos casais vivem felizes, de forma inteligente, respeitosa, amorosa... porém, não são a maioria e, infelizmente, conheço poucos que se encaixam neste perfil. A maioria talvez tenha que resolver de uma vez por todas algo do passado, de outras vidas, e esse relacionamento, ainda que conflituoso, poderá permitir este resgate. No entanto, poucas pessoas hoje têm condição de prescindir de outrem; raras são as que conseguem ser definitivamente sua própria companhia, encontrando nas maravilhas da vida, nos reinos da natureza, no sol, no calor ou no frio, na chuva, nas cores, nos cheiros, no vento, as palavras celestiais de quem a tudo e a todos criou, que amparam e nos sustentam, provendo abundância e amor infinitos.

Os que "se bastam" na verdade não são solitários, coitadinhos abandonados pelo mundo afora... creio se trate de seres que já sabem como é a vida de verdade, indivíduos livres de crenças, de condicionamentos de qualquer espécie.
Sua fé é produto de experiência direta, profunda, essencial. Sua conexão com o deus interior é lúcida, simples e, mesmo que silenciosa, sobrepõe-se aos ruídos intensos do mundo exterior, permanecendo íntegra em seus valores, baseados nas eternas leis naturais. Muitos vivenciam a Unidade e estão sepultando, dia após dia, a separação, o preconceito, o desamor, o medo. Sabem que são seres imortais, que absolutamente nada poderá destruí-los, muito menos aquilo que chamamos de morte, uma passagem simples para os planos sutis, cada vez mais perto da Terra Pura, daquela Luz imanente que palavra nenhuma consegue descrever.

Percebo, além de procurar manter uma permanente conexão com a Luz, o quanto é importante nos protegermos das influências nocivas que estão por toda parte, em todos os meios de comunicação, entretenimento e em muitos seres humanos que consomem, drenam nossas energias, de dia e até durante o sono. Precisamos cuidar dos pensamentos... que sejam somente os nossos e não obra de fatores externos ou de outros seres que vivem à custa dos incautos, dos que vibram de forma dissonante, distorcida e os atraem, sendo seduzidos e dominados com facilidade.

Podemos colocar a espiritualidade e o amor incondicional em tudo que fazemos... e a cada instante... puxar de nosso interior as forças motrizes da vida digna, correta, amorosa e compassiva... é válido dar com afinco nossa única e esperada contribuição ao Universo, retribuindo o que dele recebemos e que por algum motivo não chegamos ainda a utilizar...
Precisamos expandir nossa mente buscando com mestria como aprimorar seu funcionamento, sua incrível capacidade de co-criar neste plano da matéria... buscar mais e mais conhecimento sobre o Grande Mistério da existência... compartilhar sem medo de críticas nossas experiências de vida, relatar os pontos mais importantes de nossa caminhada...
Vamos, enfim, agradecer do fundo de nosso coração por tudo que nos foi concedido até agora e passar a perceber cada vez mais a voz, a sinfonia de Luz que nossa Alma emana sem parar... permanecendo teimosamente curiosos e aprendizes como o são as crianças... lembrando aqui a bela frase do Mestre: Vinde a mim as criancinhas, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas.

Vamos nos juntar, formar uma permanente egrégora emanando uma corrente energética que nos una, que nos proteja, que nos permita contar uns com os outros. E quando por acaso V. se encontrar com desânimo, em dificuldade, sem energia, feche os olhos, respire profundamente e imagine a brilhante e amorosa Luz do grupo sendo irradiada para o seu coração, envolvendo todo o seu ser numa vibração de bem-aventurança, de cura, de Unidade com o Todo.

Somos um só. Eu sou o outro Você
Sejamos a Paz!
Sergio, Rodolfo, Sandra, Teresa, Lidiane, Marcos e Anderson.

terça-feira, 2 de março de 2010

AMIGOS OBRIGADA !!!!!


Amigos,

estes últimos dias foram pesados, difíceis de suportar. Mas se conseguimos atravessar nossa estrada foi graças a nossa fé, nossa união e também a vocês.
Vocês nos ajudaram a suportar a dor, o medo e agora a ausência.
Seja nas demonstrações de carinho para nós ou para nossa amada mãe, avó, bisavó, Lúcia, ou simplesmente a "Vó" como todos a chamavam.
Foram palavras, gestos, cuidados, pensamentos, energia, abraços, telefonemas, carinhos, amizade... Recebemos todos e com certeza por isso estamos aqui hoje, cabeça erguida, levando a vida em frente, já que é assim que tem que ser. Estamos certos de nossa parte feita, bem como a dela também. Foram 95 anos bem vividos, com saúde, com tranquilidade, com amor, com risada, alegria, e como não poderia deixar de ser com as dificuldades que ensinaram, e muito a todos nós.
A vocês deixamos o nosso muito obrigado, nosso amor e a nossa amizade. Quando precisarem estaremos à disposição como vocês estiveram.

Nilza, Neida, Renato, Deise, Denise, Marcus e Rafael




Reproduzimos um texto de Victor Hugo, o espírita, que muito nos serve como alento.
Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.
Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto.
Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
Eu sou uma alma.
Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser.
O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro.
O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem.
O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade.
Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.
É por demais pesado para esta Terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível.
O mundo do luminoso é o que não vemos.
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta.
A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
Na morte o homem fica sendo imortal.
A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação.
Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada Vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito.