
Escrevo estas linhas para meu pai, meu grande amigo
Hoje, se estivesse encarnado faria 72 anos.
Mas desencarnou cedo, acho que dentro da programação que estava combinada entre nós. Não sei...
Aprendi com ele, sobre a vida com a vida e sobre a morte com a morte.
Ele me falava muitas coisas que na época eu não entedia, era criança.
Uma das coisas que mais me marcou foi sobre o "nunca".
Eu falava muito essa palavra, e colocava sempre na condição de acabar, de ser o fim, e ele sem nem imaginar o motivo me dizia:
- Nunca não existe....
É claro que quando ele desencarnou a primeira coisa que pensei foi que nunca mais o veria, e naquele momento eu lembrei das palavras dele: Nunca não existe.
Eu o veria muitas vezes, em espírito, talvez em outra encarnação. Mas com certeza eu o veria. E com essa certeza aprendi que o nunca não existe.
Tive minha primeira aula sobre a imortalidade da alma.
E por outro lado aprendi que sempre, mas sempre mesmo devemos continuar tentando, para que o nunca não exista. Para que sempre se tenha alternativas, se não o mesmo caminho, outros tantos que possam existir.
Aprendi a não desistir.
A não dizer nunca vou conseguir, nunca vou ter, nunca vou ser.
Sempre vai ter outra situação, outro caminho, outra pessoa, outra descoberta.
Agradeço meu pai pela expêriencia de ter vivido contigo, pouco mas proveitosos anos, e como tu mesmo me ensinou e já que o nunca não existe... um dia a gente se vê.
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
(Fernando Brant e Milton Nascimento)
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.
(Fernando Brant e Milton Nascimento)
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