sábado, 27 de março de 2010

Caos interior


Lembrei um dia destes de um e-mail que recebi há algum tempo que falava sobre a desordem em casa.
Que cada coisa atirada pelo chão em nossa sala demonstrava que ali havia vida, que uma louça largada na pia dizia que tinha alguém comido ali, que um patinete no pátio, dizia que haviam crianças no lugar.
Eu fiquei pensando sobre o quanto nos cobramos com essa tal arrumação em casa e o quanto nos cobramos com esta tal arrumação em nosso interior.
Somos sim, seres imperfeitos, cheios de coisas para serem organizadas e não podemos nos punir e nem nos menosprezar por isso, temos somente coisas para por em ordem, e isso determina a busca ou não de nossa essência.
Quando nos acomodamos com nossa bagunça sem querer arrumar nada, sem por nada no lugar estamos na verdade nos privando de crescer, de buscar a mudança que trás a melhoria, é preciso sim algumas vezes mexer nisso ou naquilo, colocando em suas gavetas certas, porém é preciso também nos respeitar aceitando que muitas vezes estamos no nosso caos buscando a nossa ordem, que vai trazer a tal mudança.
Nos respeitar, e respeitar o outro entendendo que cada um tem um tempo de descoberta de caminhada, que vai no ritmo de suas disposições e acima de tudo do seu entendimento para vivenciar cada situação nova.
Quando vamos construir uma casa no lugar de outra é preciso derruba-la para começar do zero, é assim conosco também, temos que nos desmanchar para fazer brotar uma nova pessoa.
Trazer do caos a ordem, buscando de nossas dúvidas, medos e temores a nossa nova essência que caminha sempre e sempre em busca da evolução.

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